domingo, 20 de novembro de 2011

Inflamação na pele é rotina nos consultórios dermatológicos





O cotidiano de um dermatologista é marcado por diagnósticos de diferentes doenças de pele e em alguns casos doenças raras e ou sem cura. Mas as que são causadas por inflamação na pele é rotina para esssa especialidade. Todos os dias surgem vários casos de inflamação diferente uma das outras.



Uma das mais frequentes são as Paroníquias. Essa patologia é causada por uma inflamação que acomete os tecidos ao redor das unhas dos dedos das mãos e, eventualmente, dos pés, mais especificamente a dobra ungueal posterior e parte das dobras laterais. Elas podem ser classificadas em aguda ou crônica.



Como explica a Drª Letícia Cardoso Secco, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, as Paroníquias agudas a causa mais comum é o trauma direto ou indireto da cutícula ou das pregas cutâneas na lateral da unha. Esse trauma pode ser ocasionado por eventos corriqueiros, como lavar louça, manter as mãos sempre úmidas, contato com espinhos, ao se cortar a cutícula tanto por estética como na tentativa de remoção de unha encravada, entre outras.


O trauma permite a inoculação de bactérias com subsequente inflamação.


As manifestações clínicas, em geral, estão restritas a uma única unha, com eritema de aparecimento rápido ( de dois a cinco dias após o trauma), edema, calor e dor ao redor da unha. Inicialmente, a infecção é superficial e pode ser evidenciada pela saída de pus ao se comprimir a prega cutânea. Paroníquias agudas recorrentes podem evoluir para paroníquia crônica.



Já a paroníquia crônica é uma inflamação das pregas ungueais de etiologia multifatorial, que incluem agentes irritantes e alérgenos, geralmente associados à remoção agressiva da cutícula e à umidade constante das mãos.


O edema das pregas ungueais associa-se ao deslocamento da cutícula, o que deixa a região próxima à unha vulnerável à infecção fúngica ou bacteriana e muito frequentemente leva à distrofia ungueal.


Indivíduos com diabetes ou que expõem suas mãos à água ou a solventes são os mais afetados. O quadro já foi relatado em diferentes profissões, como donas de casa, lavadeiras, cozinheiras, lavadores de prato, cabeleireiros, jardineiros, nadadores, enfermeiras, entre outros.


O diagnóstico é clínico e o tratamento da paroníquia crônica deve envolver cuidados, como evitar a exposição a irritantes de contato, não traumatizar as cutículas e mater as mãos sempre secas.

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