domingo, 20 de novembro de 2011

Curiosidades do Rio

A CASA DA MARQUESA DE SANTOS

Conhecido como o Bairro Imperial, São Cristovão ainda guarda em seus casarões todo um glamour de um bairro aristocrático. Dentre às edificações históricas mais famosas do local, está a Casa da Marquesa de Santos, residência que pertenceu a Domitília de Castro e Canto Melo, dama que ficou famosa por ser amante do Imperador Pedro I.
O romance de D. Pedro e Domitília iniciou-se em 1822. Para ter sua amada perto de si, o Imperador adquiriu, em 1826, um terreno com duas chácaras bem próximo da residência Real. A reforma e adaptação do antigo casarão colonial que ali existia, fez surgir um palacete em estilo neoclássico graças ao arquiteto do Imperador, o francês Pierre Joseph Pezerat. Elementos neoclássicos estão presentes na fachada tais como simetria, colunas e frontão (triangulo que decora o topo da fachada). No Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, a maioria das edificações construídas após a vinda da família Real, eram influenciadas por este estilo, um tipo de arquitetura predominante na Europa desde a metade do século XVIII.
A memória do famoso romance ainda está presente no túnel, que segundo alguns historiadores, faria ligação da casa com o Palácio na Quinta da Boa Vista, e era usado por D. Pedro, para sua visitas noturnas à Marquesa. O palacete foi habitado pela Marquesa por pouco anos, até o rompimento de sua ligação com o Imperador, o que aconteceu em 1929, por causa do segundo casamento de D. Pedro I, viúvo de Leopoldina e que agora se casaria com Dª. Amélia de Leuchtemberg. Ao fim do relacionamento com D. Pedro, Domitília vende o palacete para o próprio Imperador.
Assim a casa permanece em posse de herdeiros reais. Primeiramente consta ter sido governo legitimista da Rainha de Portugal, Dª. Maria II, na verdade, D. Maria da Glória, filha de D. Pedro I com D. Leopoldina. Era usada como Paço Real, uma espécie de embaixada de Portugal e Brasil, depois que seu pai abdicou do trono português em seu favor.
Em 1846, passou a pertencer à Duquesa de Bragança, a Imperatriz Dª. Amélia.
A casa teve vários proprietários ao longo do tempo, dentre os mais notáveis está Irineu Evangelista de Souza, Visconde de Mauá.
Em 1938, o casarão é tombado. Na década de 1970 torna-se museu, sendo inaugurado em 1979, na Casa da Marquesa de Santos, o Museu do Primeiro Reinado. Seu acervo principal é o próprio edifício e sua decoração interna, ainda preservada. Também possui obra de arte de integrantes da Missão Artística Francesa, como os murais de Marc e Zéphyrin Ferrez e as Alegorias dos Quatro Continentes de Francisco Pedro do Amaral, e peças alusivas ao relacionamento entre a Marquesa e o Imperador, com gravuras e objetos pessoais. O acervo inclui mobiliário, artes decorativas, pinturas e outros objetos que reconstituem os ambientes e modo de vida da aristocracia brasileira no início do século XIX no Rio, e com documentos que ilustram a evolução urbanística do bairro de São Cristovão.
Após o término do romance, Domitília retorna para São Paulo, deixando para trás o famoso palacete, no qual viveu momentos de paixões intensas ao lado do Imperador.
Ao visitar o local, é inevitável não ser envolvido pelo clima de paixão que esses dois amantes viveram ali.








Curiosidades
A casa é uma típica construção luxuosa da época do Império, e por causa disso, já foi utilizada diversas vezes como locação de novelas e minisséries de época. Uma dessas minisséries, foi Mad Maria da Rede Globo.














Marquesa de Santos
Foto: Francisco Pedro do Amaral


ENDEREÇO:
Avenida Pedro II, 243 - São Cristovão-
Rio de Janeiro / RJ
Cep:20941-070

TELEFONE:
(21) 2332-4513 / (21) 2332-4514

WEBSITE:
http://www.funarj.rj.gov.br/

FUNCIONAMENTO:
de 3ª a 6ª, das 11h às 17h

INGRESSO:
Entrada Franca




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