sábado, 19 de novembro de 2011

Curiosidades do Rio

IGREJA DE NOSSA SENHORA DO MONTE DO CARMO - ANTIGA SÉ DO RIO DE JANEIRO


O Rio de Janeiro é conhecido mundialmente por suas belezas naturais, mas a cidade também conta com um grande acervo histórico e arquitetônico, ainda pouco explorado por seus moradores. Em alguns locais, como o Centro da cidade, encontramos verdadeiros museus a céu aberto, com igrejas, conventos, sobrados, monumentos, e outras construções que carregam consigo grande valor histórico. Muitas construções que restaram do Rio Antigo foram sendo comprimidas por edifícios comerciais, ou até mesmo destruídas ao longo da história, principalmente com a modernização do espaço urbano, no início do séc. XX.

Na movimentada Rua Primeiro de Março (conhecida no passado como Rua Direita), existe um belo exemplo de construção da época do Brasil Colônia, que ainda encontra-se de pé, trata-se da Igreja Nossa Senhora do Monte do Carmo, antiga Catedral do Rio de Janeiro, que recentemente foi toda restaurada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN).

Apesar de estar localizada no Centro do Rio, a Antiga Sé ou Sé Imperial, ainda é desconhecida por muitos transeuntes que passam por ali diariamente. A igreja foi palco de diversos acontecimentos importantes, como a consagração de D. João VI como Rei de Portugal em 20 de Março de 1816, após a morte de D.Maria I. Em sua pia batismal foram realizados os batizados de inúmeros príncipes e princesas entre eles em 1819: D. Maria da Glória que viria a ser Rainha D. Maria II de Portugal, D. Pedro II e da Princesa Isabel. Lá se casaram o príncipe D. Pedro, futuro Imperador do Brasil, com D. Leopoldina de Áustria, no dia 6 de novembro de 1817.

A história da igreja remonta aos primeiros anos da fundação da cidade, com a chegada dos carmelitas que nela vieram se instalar em 1590. A igreja que deu lugar a capela do Convento do Carmo (a parte antiga da Candido Mendes fica nesta edificação, foi construída por Mestre Alves Setúbal e sagrada templo em 1770).

Com a chegada da Família Real Portuguesa e sua Corte ao Rio de Janeiro, em 1808, o vizinho Paço dos Vice-Reis (atual Paço Imperial) foi utilizado como casa de despachos da Corte. A rainha D. Maria I (1777-1816) foi instalada no também vizinho Convento do Carmo, sendo ambos os edifícios ligados por um passadiço elevado (hoje inexistente), sobre a Rua Direita. Por ser o templo mais próximo, D. João VI designou a Igreja do Carmo como nova Capela Real Portuguesa e, pouco mais tarde, também como Catedral do Rio de Janeiro, condição que manteve até 1977, quando foi inaugurada a nova Catedral Metropolitana, na Avenida Chile.



Curiosidades
Uma lápide, no corredor lateral que dá acesso à sacristia, assinala que ali se encontram depositados, desde 1903, em uma urna de chumbo, parte dos restos mortais de Pedro Álvares Cabral, descobridor do Brasil, que jazem na Igreja de Santa Maria da Graça em Santarém, Portugal.

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